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Ainda à espera da decisão sobre os processos do Apito Dourado que foram reabertos com base no livro "Eu, Carolina", Pinto da Costa, entrevistado ontem na SIC, disse não compreender que o testemunho de Carolina Salgado seja considerado credível para reabrir os processos em causa e não lhe tenha sido conferida credibilidade suficiente para dar seguimento ao processo da agressão a Ricardo Bexiga, na qual Carolina confessou ter tido papel activo. "Não pode haver dois critérios: testemunha credível quando diz mal de mim e não credível quando confessa crimes", sublinhou, lembrando que o livro em causa sofreu "alterações" em relação ao original. Garantindo não estar a acompanhar de perto os processos em julgamento no Tribunal de Gondomar, no âmbito do Apito Dourado, o presidente portista voltou a "meter as mãos no fogo" pela seriedade de Pinto de Sousa, um dos arguidos.
A respeito de uma citação, numa biografia recente, onde se comparava o Ministério Público (MP) à PIDE, o que originou outro processo judicial, Pinto da Costa esclareceu que não deu autorização ao referido livro. "Nem à apresentação fui". Já sobre uma eventual perseguição da parte de Maria José Morgado, procuradora-geral adjunta, e do marido, o fiscalista Saldanha Sanches, o presidente portista relembrou, na resposta, as bases em que foram reabertos os processos judiciais e lamentou, outra vez, as suspeições de Saldanha Sanches sobre rendimentos - 400 euros mensais - que Pinto da Costa diz nunca ter declarado em Tribunal. "Se me der uma explicação que não seja perseguição…". Lamentou também, em jeito de remate, o que lera a propósito de um alegado aviso da parte de Saldanha Sanches a Ferro Rodrigues sobre as suspeitas, então em segredo de justiça. "Foi dito pelo doutor Ferro Rodrigues que um dirigente do partido dele foi recebido por Saldanha Sanches, que tinha sido o informador de que o nome dele estaria envolvido no caso Casa Pia, juntamente com a senhora Procuradora".